Logística

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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

O novo perfil do profissional de Logística e Supply Chain

                  Não é de hoje que dizemos que a logística passou de um centro de custos a um centro de agregação de valor nas empresas. Muitas delas tem na logística seu diferencial competitivo, e atualmente existem empresas cujo core business, sua razão de ser, é a própria logística – como é o caso dos operadores logísticos, ou em menor grau das transportadoras e empresas de armazenagem, além das empresas em consultoria na área.
              Tudo isso levou a uma mudança no perfil do profissional que trabalha nesta área. Tradicionalmente eram administradores ou engenheiros que trabalhavam na logística, e buscavam conhecimentos específicos (além da experiência prática) em cursos de pós graduação e de curta duração. Hoje já existem bacharelados específicos em logística, tecnólogos, técnicos e os próprios cursos de administração e engenharia oferecem mais disciplinas nesta área.
                 Com isso, o mercado recebe profissionais mais qualificados, aptos a tornarem-se gestores do negócio. Pesquisas mostram que cada vez mais a logística ganha espaço dentro da empresa, já tendo departamento e/ou diretoria própria nas empresas de grande e médio porte.
               A logística passando a ter mais influência na estratégia da organização vai exigir que seus diretores tenham formação e conhecimento em técnicas gerenciais, com capacidade de entender todas as interrelações dos diferentes setores da empresa, para que as decisões logísticas levem em consideração outros fatores: finanças, produção, estoques, capacidade da mão-de-obra, etc. Num futuro próximo, os atuais gestores da logística podem tornar-se os dirigentes da empresa.
Qual a implicação para os estudantes?
                    Para quem está estudando e buscando seu espaço no mercado de trabalho, isso significa que encontrará um mercado não somente mais concorrido, como também os concorrentes são mais qualificados do que eram antes. No entanto este não é motivo para desânimo: a logística está crescendo muito no mundo, e no Brasil temos muito espaço para melhorar. Existem investimentos públicos e privados em diversas áreas, desde infra-estrutura até tecnologias de gestão, e há espaço para quem for bem qualificado. Se você é estudante, aproveite as oportunidades de estágio, pois eles serão sua porta de entrada no mercado. Se você já terminou seus estudos básicos, considere a possibilidade de fazer uma pós-graduação ou alguns cursos de curta duração específicos para sua área de interesse e de trabalho. Aqui no Logística Descomplicada há uma seção dedicada apenas à Cursos e Eventos, vale a pena conferir.


quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Visões para a logística brasileira para 2011

Neste mesmo período em 2009, escrevi sobre o que esperava para a logística em 2010. Naquele texto foquei minhas perspectivas para o médio prazo, em questões que insisto que ainda são tendências e/ou já são parte da nossa realidade: a primeira era sobre consciência ecológica e ambiental; a segunda sobre a maior atenção à logística urbana, no desafio de se viver nas grandes cidades;  e finalmente a terceira abordava os resultados dos investimentos recentes. Se você não leu, veja: Tendências da Logística e Supply Chain para 2010.
O primeiro ponto, a consciência, aborda o respeito ao meio ambiente e principalmente à logística reversa; o segundo, a logística urbana, refere-se a todo tipo de solução encontrada para diminuir trânsito, facilitar transportes públicos e regular o fluxo de produtos/mercadorias para dentro de conglomerados urbanos.
É o terceiro ponto que precisa de mais atenção. Apesar de os investimentos estarem sendo feitos (talvez nem tanto quanto gostaríamos), eles existem. A minha visão de logística para 2011 não é uma perspectiva diferente ou uma nova tendência, mas uma necessidade: melhorar a eficiência e a produtividade de nossos sistemas.
Se os portos estão superlotados, é preciso encontrar alternativas para evitar atrasos em embarques e no desembaraço aduaneiro. Se as estradas estão esburacadas, causando prejuízos e atrasos, é preciso mobilizar-se para utilizar as poucas ferrovias existentes ou o transporte de cabotagem. Se as máquinas não dão conta de grandes lotes de produção, mude o sistema de suprimentos e faça uma produção e distribuição contínuas.
Não é mais tolerável que nossas empresas percam competitividade no cenário internacional por não serem capazes de encontrar soluções para os problemas diários. É nesse ambiente hostil que aparecem as oportunidades de se ter sucesso, destacando-se da multidão. Assim separa-se o grupo dos bem-sucedidos, que inovam, que arriscam, que mudam.
Temos empresas que estão entre as melhores do mundo, temos setores que são competitivos internacionalmente e temos tecnologia sendo desenvolvida localmente. Junte a isso força de vontade (e por que não um pouco de pressão política), e temos os ingredientes para uma mudança positiva.
Por isso, minha perspectiva para 2011 vem com um apelo pela eficiência, pois só assim será possível enxugar os desperdícios e convertê-los em resultados. Revise seus sistemas, tendo como guia o custo total. Talvez você perca no prazo, mas ganhe na qualidade; talvez perca no custo de transporte, mas ganhe o dobro com redução de avarias. Planeje, pense, remodele.
FONTE: Por Leandro - Logística Descomplicada, em dezembro 12th, 2010